Saúde
Surto de SRAG mobiliza municípios da região de Sete Lagoas para ações conjuntas
Encontro regional reúne gestores e profissionais de saúde para definir estratégias integradas diante do avanço das doenças respiratórias
O aumento expressivo de casos de Síndrome Respiratória (SR) e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) tem acendido um alerta em Minas Gerais, especialmente na região de Sete Lagoas. Diante do cenário preocupante, a Superintendência Regional de Saúde (SRS) promoveu um Encontro Regional para Enfrentamento da SR e SRAG, reunindo gestores municipais, profissionais da saúde e representantes da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).

“Encontro Regional para Enfrentamento da SR e SRAG” – Crédito: SES-MG/ ASCOM
Com o objetivo de articular estratégias integradas e fortalecer a resposta local frente à crise respiratória, o evento resultou em ações imediatas, como a criação da Sala de Situação Regional para SRAG, que passará a realizar reuniões semanais e monitoramento diário dos casos. Até o dia 26 de maio, a área de abrangência da SRS Sete Lagoas já havia registrado 274 casos graves com necessidade de hospitalização, segundo dados do Painel SIVEP-Gripe 2025.
“A gravidade da situação exige medidas rápidas e coordenadas. O encontro foi além do debate técnico e demonstrou a importância do trabalho transversal entre os setores”, destacou Mirella Vasconcelos, coordenadora de Acesso à Saúde da SRS Sete Lagoas.
Os principais atingidos pela SRAG são crianças e idosos, considerados os grupos mais vulneráveis. Para o superintendente regional de Saúde, Fabrício Júnior Alves Teixeira, a mobilização conjunta é essencial para conter a pressão sobre os serviços de saúde. “Precisamos de articulação com os municípios para garantir respostas mais efetivas e organização no atendimento à população”, afirmou.
A Sala de Situação Regional, uma das medidas centrais adotadas, faz parte do decreto estadual que instituiu o estado de emergência em saúde pública. A ferramenta visa oferecer um panorama mais preciso da evolução dos casos e orientar decisões estratégicas.
A SRAG é caracterizada por um conjunto de sintomas respiratórios agravados, como febre, tosse, dificuldade para respirar e queda na oxigenação. Em crianças, sinais como recusa alimentar e desidratação acendem um sinal de alerta ainda maior.
A expectativa das autoridades é que a articulação entre os municípios e o fortalecimento das ações intersetoriais contribuam para reduzir os impactos da crise e garantir uma resposta mais eficaz à população da região.
Por Redação
