Esporte
Variação tática e nova mentalidade: como Jardim mudou o patamar do Cruzeiro
Treinador português barrou “medalhões”, mudou peças e formação tática
Em menos de quatro meses de trabalho no Cruzeiro, o técnico Leonardo Jardim conseguiu superar a desconfiança e dar nova postura à equipe. O time que sofreu no Estadual, não conseguindo sequer chegar à final, mudou da água pro vinho, e hoje é o vice-líder do Brasileirão. E muito disso se deve as alterações efetuadas pelo português e sua comissão técnica.
Anunciado como técnico da Raposa no início de fevereiro, em substituição ao demitido Fernando Diniz, Jardim já mostrou serviço logo de cara. Mesmo recém-chegado ao clube, optou por dirigir a equipe na última rodada da fase de grupos do Mineiro.
Com o time já classificado por antecedência à final, o treinador escalou uma equipe alternativa. E, sincero, afirmou não ter gostado do que viu na derrota de 2 a 1 para o Democrata de Governador Valadares.
Em início de trabalho, Jardim buscou avaliar o grupo que tinha à sua disposição. E optou por não tentar mudar radicalmente logo de cara o padrão adotado pela equipe, que seguiu alternando entre o 4-3-3 e o 4-4-2.
O comandante, que sempre frisou a necessidade de ter em campo uma equipe com muita intensidade, não hesitou em promover mudanças na equipe. Inclusive de jogadores com muito ‘cartaz’.
O primeiro a perder a posição foi o lateral-esquerdo Marlon, que depois acabaria negociado ao Grêmio. Em seu lugar, Kaiki assumiu a posição e vem sendo um dos destaques do time. Mas a grande demonstração de autonomia e autoridade do gringo se daria no ‘caso Dudu’.
A partida que marcou a ‘virada’ de desempenho do Cruzeiro sob o comando de Jardim foi o duelo com o São Paulo, pela terceira rodada do Brasileirão.
Por Edmar Rocha
