Esporte
SAF do Galo, agora, tem aval para trazer novos acionistas

SAF do Atlético: o que muda após fim da cláusula anti-diluição, novos aportes e futuro investidor
O Conselho Deliberativo do Atlético aprovou, na noite dessa terça-feira (16/9), alteração da cláusula anti-diluição da SAF, que reduz o percentual da Associação de 25% para 10%. Com isso, a SAF tem poder para assumir mais 15%. Mas, o que a Massa quer saber é: com essas mudanças, irão vir mais investimentos no futebol?
Num primeiro momento, não. O valor da transação, com aporte mínimo em R$ 200 milhões — o Galo pretende trazer um novo acionista que invista mais do que isso — seria usado, neste primeiro momento, para pagar dívidas. A dívida estimada da SAF gira em torno de R$ 1,4 bilhão. E, até que haja esse novo investidor, a Associação segue com seus 25%.
Reunião do Conselho Deliberativo do Atlético
“Quando houver um investidor para diminuir o percentual do Galo, diminui proporcionalmente o dos outros sócios. Não é só o Galo que perde, todos perdem”, esclareceu Sérgio Coelho, presidente da Associação. E completou: “Os valores que serão recebidos pela SAF dos investidores serão para pagar dívidas e investir no futebol de base. Se por um lado você perde um percentual de 25%, que pode chegar no mínimo até 10% para o Galo, você pega o dinheiro e paga a dívida. Você perdeu o percentual, mas diminuiu a sua dívida”.
E quem é esse investidor?
Rubens Menin, um dos maiores acionistas da SAF do Atlético, garante que há, sim, negociações em andamento sobre possível novo investidor. A preferência é que seja um estrangeiro para fazer um aporte primário, via aumento de capital e emissão de novas ações.
A SAF pode aquirir os 10% ‘restantes’ da Associação?
Futuramente, se SAF tiver a intenção de adquirir os 10% que ficam com a Associação, essa seria uma transação possível. Vale lembrar que a modificação teria que ser também levada em votação pelo Conselho Deliberativo do clube a aprovada.
Atualmente, o que preconiza a Lei da SAF é que a Associação fique com, ao menos, 10% das ações. E mantenha seu poder de veto em mudanças, por exemplo, caso haja mudanças identitárias, como alterações de mascote, escudo etc.
Se isso acontecesse com o Atlético, o clube seria o primeiro no modelo SAF no Brasil com essa proposta.
Por Redação
