A estreia do time principal do Atlético-MG trouxe uma nova formação ao torcedor. Dos amistosos da pré-temporada para o Mineiro, Cuca fez mudanças. Não só de peças, mas de identidade do time. Tudo isso em um clássico diante do América-MG, na quarta-feira, pela quarta rodada do Estadual. Precisou lidar com um cenário negativo: saiu atrás, reagiu e saiu com o quarto empate no Campeonato.
Após os testes na pré-temporada, Cuca fez avaliações e resolveu mexer na escalação. Surpreendeu. Na linha defensiva, Natanael agradou nos trabalhos e ganhou a posição de titular pela direita. Saravia foi para o banco.
No ataque, as trocas passaram por nomes e também no posicionamento. O trio ofensivo deu lugar à dupla formada por Hulk e Júnior Santos. Ambos com liberdade para se movimentar, cair pelos lados (variavam pela direita, pela esquerda). Rubens e Scarpa atuaram mais por dentro, fazendo uma dobradinha com quem aparecia nos corredores.
No melhor momento do Atlético, quando executava bem os ataques, o América saiu na frente. Em saída de bola errada, Fabinho recebeu na entrada da área, finalizou de primeira e acertou o canto de Everson: 1 a 0.
Na base da pressão, o Galo deu a resposta esperada e conseguiu o empate. Lyanco recebeu na área, após cobrança de escanteio. Ele dominou e deu um chute cruzado com a perna direita. Jori espalmou, e Bernard – agora valendo – só teve o trabalho de completar para as redes.
O gol deu energia ao time. Guiados por Palácios, Bernard e Deyverson, teve volume para virar. Mas viu Hulk parar em Jori ou em chutes para fora.
Cuca pensou e executou um Atlético diferente do que foi visto nos amistosos. E agradou. Para o primeiro teste, deixa um sinal positivo. Mas os seguidos empates no Mineiro – aliado ao planejamento inicial – faz a reta final da primeira fase ser delicada. E o Galo terá que ser perfeito para estar na semifinal.
Por Edmar Rocha