O Cruzeiro perdeu a invencibilidade logo no segundo jogo oficial de 2025. E com justiça. O Athletic foi melhor e por isso construiu o placar de 1 a 0, no Mané Garrincha, em Brasília. Fernando Diniz já sentiu a primeira pitada de pressão ainda no início da temporada, resquício de um trabalho controverso em 2024.
A equipe de São João Del-Rei adotou uma postura parecida com a do São Paulo, no amistoso dos Estados Unidos. Pressionou a saída de bola desde os pés do Cássio e dificultou muito para o Cruzeiro, que não tinha aproximação para sair curto e nem profundidade para buscar as costas do bem compactado Athletic.
Resultado? O time do interior incomodava muito mais, e o Cruzeiro finalizou pela primeira vez apenas aos 31 minutos do primeiro tempo. Àquela altura, o Athletic já havia obrigado Cássio a fazer uma defesa, Fabrício Bruno a tirar bola sobre a linha, além de assustar em transições rápidas para o campo de ataque, utilizando a velocidade dos dois laterais e dos dois pontas.
Houve até uma melhora na reta final do primeiro tempo, é verdade. E foi o único momento durante os 100 minutos de jogo em que o time foi superior. Mesmo assim, não teve chances claras, somente uma presença maior no ataque, rondando a área e evitando com sucesso as transições adversárias.
Foi um time que não rendeu bem coletivamente, mas também é necessário falar sobre a quantidade de erros individuais. Cássio falhou no gol, Dudu atrapalhou puxadas de contra-ataques, e os quatro da linha de defesa abusaram dos erros de passes. William foi o pior em campo e acabou mantido os 90 minutos.
É verdade que um terço do time titular foi mudado para este início, mas a base está mantida, o que foi muito valorizado por Diniz e pelo elenco ao falarem sobre a adaptação ao estilo de jogo de um treinador considerado autoral. A cobrança sobre o técnico no Cruzeiro já estava no horizonte, diante do trabalho ruim de 2024, mas ela chegou antes do esperado, com quatro dias e dois jogos oficiais.
Por Redação